Espaço Entrevista - Frederico das Neves

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Depois de Samuel de Paiva Pires no antigo blog, resolvemos dar continuidade ao Espaço Entrevista com uma controversa personagem Iscspiana, Frederico das Neves, que rapidamente aceitou o nosso convite para ser entrevistado. Em primeiro lugar queremos agradecer tal disponibilidade e frontalidade do mesmo. No ISCSP, Nálgas de Carneiro e Outras coisas acreditamos na pluralidade de ideias e também na oposição democrática, daí mantermos toda a informação na íntegra, sem qualquer tipo de CENSURA ou DENÚNCIA de seja o que for.

Fiquem então com a entrevista;

Magnum - Qual é para ti o maior problema iscspiano neste momento?

Frederico - O problema do ISCSP em nada difere, no meu ver, do problema do País e do Mundo em geral: falta gente capaz e com espinha dorsal. E assusta ver que ninguém se interessa senão pelo seu umbigo, se bem que aqueles que até parecem interessados pela política, pelo bem comum, não passam na sua quase totalidade de uns ambiciosos, membros da geração de futuros políticos, que para nosso mal são uns incapazes, incultos, insensatos, mas dotados de um grande amor próprio que cega e não os permite perceber o que são e o que o mundo realmente é. No fundo, um pouco mais aqui, outro menos ali, são como tu meu caro Magnum Branco. O teu mal é o da faculdade, humildade fazia-vos (-me) bem.

Magnum - Se fosses convidado para o Núcleo de Estudantes Socialistas, qual seria a tua reacção imediata?

Frederico - Eu já fui vítima da pedofilia xuxialista praticada desde os tempos da primeira matrícula do Sebastião (que ao contrário do que muitos pensam já foi depois do 25 de Abril). E se a verdade é que os xuxas irritam especialmente quem frequenta o ISCSP, não vamos pensar que as outras juventudes são melhores. Iscspianos se prezam os vossos valores, gostam de pensar pela vossa cabeça e não gostam de terem que se prostituir para subir numa organização, não se metam numa juventude seja de que cor for.

Magnum - Consta nos nossos arquivos que és uma pessoa hilariante a imitar o personagem "Vai Mas é trabalhar". Entrando na personagem, o que dirias a um tuna que nada faz da vida senão tocar pandeireta ou saxofone ou o raio?

Frederico - Quanto á personagem pah, acho muita piada, mas como quem me conhece sabe, ser parvo é-me genético. Quanto à tuna, acho que isso é uma impressão errada. É como em todo o lado, tens gente empenhada nos cursos e inteligentes e tens, ao mesmo tempo, gente que não faz nada da vida. A estes e a ti, diria "Vai mas'é trabalhar!".

Magnum - O que tens a dizer da tua prestação como mitra/pirata/ça va/travesti no filme do Zé Caloiro realizado pela AE de que fizeste parte?

Frederico - A minha AE. Antes de responder à tua pergunta só um pequeno apontamento: A minha AE, da qual tenho muito orgulho e quem lá esteve sabe bem que "dei o litro", não foi em nada pior nem melhor que esta AE em quem "Confiámos". Estiveram melhor em alguns pontos e pior noutros. Agora a postura de uns no mandato dos outros e vice-versa é que foi diferente. Mas lá está, quanto a isso, a espinha dorsal falta a muita gente naquela faculdade como dizia há pouco. Quanto ao filme digo-te que só quem o fez e ajudou a fazer, pode entender porque foi muito divertido fazê-lo. Tenho saudades da AE naquela fase, das pessoas que ajudaram a construir a recepção ao caloiro e aos erasmus nesse ano.

Magnum - Qual é a tua opinião acerca do debate que precedeu as eleições iscspianas?

Frederico - Mal construído e a minha intervenção no dia chave para a reflexão sobre as eleições na faculdade, o dia do debate entre as listas, apesar de nada do que tenha dito seja mentira, não foi a mais construtiva sem dúvida. Mas como em muita coisa importante, só errando percebemos como fazer as coisas bem.

Magnum - O que achaste do antigo blog e que conselhos dás para que este melhore a sua prestação?

Frederico - Acho que o blog está bom, parabéns por teres tido a ideia de o criar, contudo acho que deviam ser mais imparciais. Porque se é verdade que os xuxas têm mais por onde serem gozados, não se esqueçam das outras juventudes, das outras personagens da realidade estudantil iscspiana, como os "jogadores de rugby" (e neste caso não estou a falar do amaral), os pseudo-tios de cascais, as porcas, os agricultores e todas aquelas histórias maravilhosas, mais antigas (já ouviram falar da ritinha dos bicos?), mas eternas.